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Avatar de marcela

meu avô paterno morreu mês passado, aos 104. tô aqui lendo seu texto muito emocionada, porque já tem uns anos que eu tento entender um pouco mais do passado dele, mas não consigo. tudo o que sei tem cores de realismo fantástico (suponho que porque a gente não tenha muita representação de vidas parecidas com a vida dele por aí - talvez por isso meu espanto quando assisti "Arábia" no cinema, essa sensação inesquecível de ver a vida do meu pai, dos meus tios, a casa da minha avó, a forma de falar - e de não falar), e me dá uma tristeza enorme pensar que numa tarde qualquer, há alguns anos, eu mostrava imagens aéreas do google pro meu pai, quis mostrar a cidade onde ele nasceu e ele me disse: a gente podia levar seu avô lá algum dia, quem sabe ele não reconhece a casa, ele nunca soube o que foi feito dela. meu avô e minha avó saíram de Barra Longa quando meu pai tinha um ano de idade. reza a lenda (fantástica, real) que saíram a pé e foram como deu até João Monlevade, onde a então Belgo Mineira contratava trabalhadores para a siderúrgica. A Belgo que empregou meu avô, meus tios, meu pai - a vida toda.

meses depois dessa conversa com meu pai, Barra Longa foi varrida pela lama.

3. sim, eu me interesso por isso. :)

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Avatar de Paula Maria

Ivi, seus links mais longos aparecem como frases quebradas no texto. Sinto muito pela ausência de vestígios na sua história, infelizmente isso é tão comum nesse país que parece que até é normal. Adorei o texto do mês e a fotinha da mini vc. Beijo

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